Condução autónoma: o passo não pode ser maior do que a perna…
A condução autónoma está na ordem do dia. Ninguém duvida que será uma realidade no futuro, mas não nos podemos esquecer que ainda vivemos no presente, apesar de alguns apressados procurarem ultrapassar etapas fundamentais de desenvolvimento.
É o caso da Tesla, com o seu sistema falaciosamente apelidado de "auto pilot" que, apesar de funcionar em muitos casos, não permite abdicar da presença do condutor, como já ficou evidente em vários acidentes.
É isso que fez a Mercedes e a Bosch, parceiras no desenvolvimento da condução autónoma nível 4 e nível 5, que admitem que apenas poderá estar disponível lá para 2020, quando estiverem disponíveis sistemas suficientemente testados para assegurar a segurança de veículos onde o condutor possa ser um mero passageiro.
Apesar dos construtores tradicionais estarem à frente dos restantes que avançam com este tipo de propostas, não nos podemos esquecer que, hoje, nenhum fabricante de automóveis caminha sozinho neste campo. Todos (ou pelo menos os sérios) trabalham em conjunto com empresas tecnológicas, e mesmo esses estabelecem parcerias entre si.
Pode parecer que os alemães estão a esticar os prazos, mas não podemos esquecer o velho ditado que diz: "depressa e bem, não há quem"… Para além da evolução dos sensores, radares e câmaras que estão associados à condução autónoma, também é fundamental alterar a realidade do ambiente urbano e a precisão métrica dos sistemas de navegação (GPS) para que os veículos do futuro possam ser algo equivalente ao que hoje chamamos táxi…